D Ao Vivo Maceió

2024
Voz e violão, sua música no sumo portanto, Djavan canta frente à multidão de mais de 20 mil pessoas: “Eu fui batizado na capela do farol, Matriz de Santa Rita, Maceió”. Finca o pé na origem, aponta de onde veio — o que diz muito do passado, mas mais ainda das escolhas presentes e dos caminhos futuros. Casa, enfim. É esse o sentido que atravessa “D: ao vivo Maceió”, álbum que documenta a turnê do disco “D” — a inicial do nome do artista, em mais um simbolismo que marca o valor essencial do início.

O sentido de “casa” que atravessa o show, porém, não é um só. Porque, para além de sua cidade natal, são muitas as casas, as origens, os lares que Djavan evoca no palco. A primeira, ainda antes de entrar em cena, fala de nossa essência como povo, pela voz de uma de suas representantes mais ilustres, Sonia Guajajara. Na abertura de “D: ao vivo Maceió”, ouve-se a líder e ministra dos Povos Indígenas lendo um texto de sua autoria, feito especialmente para a turnê: “Gritamos e ressoamos o reflorestarmentes, para que de uma vez por todas o nosso direito à vida seja conquistado, com base na natureza e na ancestralidade”, diz um trecho.

Iluminadas, enfim. Djavan, afinal, conhece a importância do movimento da volta pra casa.
Leonardo Lichote

“Eu tenho um amor profundo e uma gratidão imensa pela minha cidade, por Maceió. Foi ali que eu me formei, foi ali que eu conheci tudo que eu precisava pra ter uma formação diversa como a minha intuição e o meu espírito gostariam. Ali eu conheci o jazz, o R&B, a música flamenca, a música nordestina, a música do Brasil...
Me formatei ali.”
Djavan

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