Malásia

1996
Se “Novena” era um disco reflexivo, pessoal, autoral, “Malásia” é o seu oposto: um disco para fora, variado e extrovertido. Tanto que, contrariando o hábito de quase somente gravar composições suas, Djavan dá uma de intérprete e canta três músicas de outros autores. São elas: o samba “Coração leviano”, um dos mais bonitos de Paulinho da Viola; “Sorri”, a versão de Braguinha para o clássico “Smile” de Chaplin; e “Correnteza”, sublime tema rural de Tom Jobim e Luiz Bonfá, gravado para uma novela.

Pela primeira vez, Djavan se expande também pelos arranjos de cordas, metais, percussões. O resultado é pura extroversão, que pode ser medida na fluência do blues “Que foi my love?”, a canção que abre o CD ou na fluência nordestina de “Seca”, uma das canções mais sofisticadas de Djavan. Naturalidade talvez seja a principal característica desse álbum, já que, é de forma muito leve que Djavan lida com música em “Malásia”.
Hugo Sukman
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